quinta-feira, 21 de março de 2013


E ainda me perguntam se sou louca de casar te conhecendo há tão pouco tempo. Louca eu seria se tivesse encontrado você e tivesse deixado você ir...o amor é muito maior que o tempo. E quando se fala em tempo pra gente, sempre vem um zilhão de adversidades que nem nós podemos controlar, mas somos fortes e determinados o suficiente pra dobrar a aposta quando a vida ri de nós. Eu já nem me importo com o restante, se você está comigo todo resto é pequeno.
Odeio demorar pra te ver, odeio ficar longe de você, odeio conviver com a saudade.
Tudo por um bem maior: separados hoje, mas juntos pra sempre.
Não vejo a hora de abrir os olhos pela manhã e você ser a primeira pessoa que eu vejo.
Hoje já pode ser 7 de dezembro?
Eu te amo já virou pleonasmo, mas por nunca terem inventado um verbo maior que amar eu ainda insisto: EU TE AMO (e sim, eu amo mais, ok?)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O amor sempre chega


Parece até mesmo estranho voltar nesse blog depois de tanto tempo.
Eu vejo o quanto eu já sofri por  amar sozinha pessoas que nem sequer se importaram com minha existência. Aliás, depois de tanto tempo eu acho que nem posso afirmar que era amor. Talvez fosse uma carência exacerbada, uma vontade de contos de fada, ou até mesmo pura ilusão, afinal quantas vezes eu confiei em tudo que me disseram?
Eu parei de escrever, porque fui consumida com uma tristeza e por outros sentimentos tão profundos e intensos que já não valia mais a pena falar sobre, ou até mesmo não havia uma forma de explica-los. E depois de tanto cair e levantar, eu simplesmente desisti. Joguei todos os sonhos pela janela, gritei que o amor não era pra mim, que não ia me envolver com mais ninguém e que o mundo todo explodisse.
Uma vez eu li uma fase que só hoje faz sentido:  quem ama pode tudo, menos desistir da missão. COMO QUE EU QUE VIVIA DE AMOR PODERIA VIVER SEM? Fácil, eu tinha vivido sem a minha vida toda, o que eu tinha era sede de amor, mas já não o queria mais, minhas lágrimas não valiam o preço.
Até que um dia, de uma forma inesperada, o amor bateu a minha porta, cheio de tatuagens, instrumentos musicais, alargadores e acredite EU RECUSEI. Briguei comigo mesma e me disse NÃO. Mas quando se fala de amor, somos meros escravos e sem que eu percebesse  já estava completamente entregue e eu não poderia ser mais feliz...
Agora pra eu voltar a postar nesse blog eu tenho que aprender a escrever sobre outra coisa que não sejam tristezas e sim a imensa alegria da qual vivo, quem sabe em breve.
Ah, o nome do meu  príncipe é David e logo nos casaremos.
Quando nossas mães dizem que o amor chega quando quer e quando é real você sabe, elas tem razão. A tampa da panela realmente existe e a minha se encaixa no perfil de melhor namorado do mundo...


domingo, 15 de julho de 2012


Eu nem precisei de curso, ajuda, ou uma cartomante pra me dizer o que eu seria: eu sou atriz, nata.
Sou atriz porque todo dia enceno um personagem.
Enceno um sorriso, enceno o que eu não sinto e principalmente o que sinto.
Finjo não ligar, não me importar e não doer.
Somente assim consigo viver os meus dias, encenando uma paz que hoje já não existe dentro de mim.
Encenando o personagem que é apenas um ser humano tentando sobreviver em uma sociedade da qual eu sei que não me encaixo.
Meu personagem?
Prazer, Tamara, sua amiga sempre feliz, sempre bem que não sente nada por ninguém, nem ao menos por você.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Eu sou uma passagem.
Não sou o porto aonde chegam e saem mercadorias. 
Eu sou o meio do caminho.
Sou eu que te encontro quando você se perde. Sou eu que trago o seu reencontro consigo mesmo. Sou eu que te levo ao destino que merece. E sou eu que te deixo quando é chegada a hora.
Eu só te encontro, te trago, te levo, te deixo, mas nunca posso me dar ao privilégio de ter chão firme, estabilidade, ou até mesmo raízes.
Eu sou apenas uma passagem, nada mais.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Forte rocha pulsante


Eu já nem lembro mais o que foi que me fez sofrer tanto a ponto de me tornar uma pessoa tão dura, que não sabe perdoar e que simplesmente apaga as pessoas da própria vida como se passasse uma borracha em algo escrito errado.
 Eu já nem lembro mais porque não deixo as pessoas se aproximarem demais, por que vivo com os dois pés atrás e muito bem fincados no chão, Obrigada.
Eu já nem sei mais porque cada decepção é apenas uma página que eu viro rapidamente e totalmente desinteressada, sem ao menos dizer a mim mesma: PORRA, TAMARA ISSO DÓI.
Em um ser humano normal dói. Não em mim, que já sou preenchida do vazio. Que cultivei amor próprio suficiente pra me nutrir, que aprendi a fazer companhia ao meu edredom no inverno e me acostumei com o silêncio dessa casa vazia em que vivo. Não em mim, não pra mim, não por mim.
Eu simplesmente peguei tudo que me machucou um dia, larguei pra trás e vim viver SOZINHA, porque não havia ninguém pra ser a minha melhor companhia. Eu me tornei tão autossuficiente que amor, sexo, casamento são apenas episódios das novelas das oito, as quais não faço questão nenhuma de assistir. 
Troquei minhas grandes aventuras por essa vidinha única e rotineira pra sobreviver.
Só que, PORRA, TAMARA, ISSO DÓI.
Deveria doer, mas já não o sinto mais...


[Passei esses 5 meses longe de tudo que me trazia paixão, pra tentar me adequar a vida de adulto que eu deveria viver. É incrível, mas pra mim, apenas uma folha em branco faz o efeito do meu banho de chuva. Lavei a alma com palavras. Alguém me diz, por que não segui meu sonho desde o começo? Ou por que ainda não comecei a segui-lo]



quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Pronomes possessivos


Eu não sei ser de ninguém porque já sou de todo mundo.
Sou da onda do mar que te leva com a correnteza.
Sou do som do vento frio que bate a tua porta.
Sou do calor do sol nos dias de verão.
Sou da natureza.
Sou das palavras que voam para que um dia façam sentido.
Sou da lágrima que rola.
Sou do drama que se estende.
Sou minha.
Sou da pele que arrepia em tua presença.
Sou da dor que se sente em tua ausência.
Sou tua.
Sou do bem que a humanidade tem fome.
Sou do mal que me tira o sono.
Sou deles.
Sou pronome possessivo, artigo indefinido, frase sem sentido.
Sou livre pra ser o que quiser e só isso já me basta.

domingo, 16 de outubro de 2011

Do pó à caminhada


Fundo do poço, mais uma vez. E como tantas outras vezes eu lancei bandeira branca. Desacreditei, chorei e desisti.
As perspectivas se reduziram a zero. Os sonhos viraram pesadelos e eu nem me consigo lembrar onde foi que tudo começou a dar errado.
Eu simplesmente sentei, esperei por um milagre e quando percebi que não viria me entreguei ao mais baixo nível que um ser humano pode chegar.
Nos meus olhos só liam-se as palavras: angústia e dor. E na minha boca nem uma só palavra conseguia ser pronunciada.
Eu era pó.
Sentimentos fragmentados e decepções exacerbadas.
Todavia, era apenas um caminho que eu estava deixando. Havia milhares me esperando para escolhê-los.
Parei de sentir pena de mim e chorar pela dor que latejava no meu peito.
Eu sempre tive a grande habilidade de ressurgir das cinzas e de dobrar a aposta quando a vida duvidava de mim.
Clichê, como o sou, eu não poderia fugir a regra.
Podem apedrejar,  atear fogo, afogar-me em minhas próprias mágoas, de alguma forma eu sempre renasço, mais forte, mais Tamara. Sempre com aquela mesma alegria que você conheceu,  aquele sorriso que sempre diz “vai dar certo”.
Eu nasci pra iluminar, eu, você e pode vir a toda uma multidão. Tem Tamara pra todo mundo, tem coração pra todo mundo. Tem amor, que sobra, transborda, doa, compartilha, oferece e ama.
Renasci dos pontos finais somente para encher minha vida de vírgulas. Transforma-la em parágrafos. Encerrar capítulos e começar um novo.
Eu vim aqui hoje apenas para varrer a fuligem, encher meu coração de esperança e ter fé de que  dessa vez os ventos soprem ao meu favor.
Pegue seu tênis! É tempo de caminhar, mais uma vez.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Sorria


Porque quando eu sorrio, trago em mim todo peso do mundo, todavia trago também toda a leveza de um nascer do sol que me diz que o amanhã sempre virá.
Quando sorrio, trago em mim toda a alegria que posso, porque sei que o simples esticar dos meus lábios pode mudar o dia de alguém.
Quando sorrio e rio de uma bobagem qualquer, sei que ali no meu riso, meu pranto se faz pequeno. Mínimo.
 Sorrio porque sei que por mais falso que meu sorriso seja, é ele que me faz caminhar como se cada dia eu escolhesse um novo caminho.
Quando sorrio, também estou te afirmando que a vida é boa, que ela muda mais rápido que uma simples troca de roupa em um dia quente, após um banho gelado.
E mesmo com todos os problemas eu ainda sorrio, porque sei que somente esse meu sorriso  amarelo pode curar a dor de te ver ir, chegar, ir novamente e finalmente me deixar.
Então eu sorrio, porque sempre gostei de conquistar o mundo, por mais duro que seja, por mais breve que seja, por mais meu que eu o possa tornar.


Assim, jogo a mochila nas costas mais uma vez...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

E quem não tem seu vício que atire a primeira pedra


Existem viciados em drogas e álcool. Existem aqueles que são completamente viciados em academia. Existem os viciados em beleza. Os viciados em doces, sexo, viagens, malabarismo, entre tantos que eu passaria o dia citando todos os tipos de vício que podem dominar o ser humano, por mais estranhos que sejam. O meu vício é diferente, sou viciada em coração. Ah esse inefável coração que vira e mexe procura por uma batida mais forte, que sofre e se recupera tão rápido quanto um corte no dedo.

Eu faço e desfaço histórias de amor com uma facilidade descomunal. Abraço, beijo, me apaixono, entro em crise, me desapaixono, me sinto desgarrada, abraço, beijio....É um ciclo que estou fadada até o fim dos meus dias e não reclamo. Eu sinto emoção em cada história, vivencio até o ultimo resquício de sentimento que ela pode me proporcionar, e quando acaba, simplesmente acaba, com dor, algumas lágrimas e logo mais uma imensa vontade de que aconteça de novo, de que surjam novas pessoas, novos sentimentos, um novo click.
E se vale a pena tanta dor? Claro que vale. Todo viciado em droga sente prazer quando a droga entra no corpo, claro que também sente a abstinência quando o efeito termina, mas aquele prazer único e exclusivo está ali.
Eu sou feita do romance, das histórias de livro, do brega, clichê, piegas. Eu sou feita de coração pulsando incansavelmente cada vez que pensa na possibilidade da sua presença.
Não fique triste ou chateado se eu te abandonar ou se um dia você me deixar. Assim como você se foi, outros virão e como prêmio de consolação, eu dou a dica bem baixinho, sussurrando ao seu ouvido: “Eu aceito voltas”.  Afinal quem nasce pro amor, adora um bom drama.
Enquanto isso vá dar uma volta, se alimentar do próprio vício. Eu não espero por você desde que percebi que a única coisa com que tenho que me preocupar em relação a nós está dentro de mim, batendo devagarinho, esperando aquela batida mais grave aparecer.
Seja feliz.
Eu, sem dúvidas, sou.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Depois que você me mandou limpar os óculos


A mesa rodava, as luzes insistiam, os barulhos iam cessando como um prêmio e as pessoas tentavam me aquecer. Eu sabia que estava sendo amada, talvez como nunca em toda a minha vida. Mas só tinha olhos para os pêlos do seu braço. Eu olhava como quem não olha e me dizia baixinho: olha eles lá, olha lá os pêlos que eu tanto amo sem mais e sem fim. 
Matei finalmente a saudade do seu dedão. Seu dedão meio largo, meio torto, com a unha que preenche todo o dedão. Eu amo o seu dedão, amo sua unha meio roxa, amo a semicircunferência branca que sai da sua cutícula e vai até o meio da sua unha, amo a sua mão delicada que sai de um braço firme. Amo que os pêlos da sua mão pareçam meio penteados de lado. 
É isso, sei lá, mas acho que amo você. Amo de todas as maneiras possíveis. Sem pressa, como se só saber que você existe já me bastasse. Sem peito, como se só existisse você no mundo e eu pudesse morrer sem o seu ar. Sem idade, porque a mesma vontade que eu tenho de te comer no banheiro eu tenho de passear de mãos dadas com você empurrando nossos bisnetos. 
E por fim te amo até sem amor, como se isso tudo fosse tão grande, tão grande, tão absurdo, que quase não é. Eu te amo de um jeito tão impossível que é como se eu nem te amasse. E aí eu desencano desse amor, de tanto que eu encano. 
Ninguém acredita na gente: nenhum cartomante, nenhum pai-de-santo, nenhuma terapeuta, nenhum parente, nenhum amigo, nenhum e-mail, nenhuma mensagem de texto, nenhum rastro, nenhuma reza, nenhuma fofoca e, principalmente (ou infelizmente): nem você. 
Mas eu te amo também do jeito mais óbvio de todos: eu te amo burra. Estúpida. Cega. E eu acredito na gente. Eu acredito que ainda vou voltar a pisar naqueles cocôs da sua rua, naquelas pocinhas da sua rua, naquelas florzinhas amarelas da sua rua, naquele cheiro de família bacana e limpinha da sua rua. Como eu queria dobrar aquela esquininha com você, de mãos dadas com os pêlos penteados de lado da sua mão. 
Outro dia me peguei pensando que entre dobrar aquela esquininha da sua rua e ganhar na mega-sena acumulada, eu preferia a esquininha. A esquininha que você dobrou quando saiu da casa dos seus pais, a esquininha que você dobrou chorando, porque é mesmo o cúmulo alguém não te amar. A esquininha que você dobrou a vida inteira, indo para a faculdade, para a casa dos seus amigos, para a praia. Eu amo a sua esquininha, eu amo a sua vida e eu amo tudo o que é seu. 
Amo você, mesmo sem você me amar. Amo seus rompantes em me devorar com os olhos e amo o nada que sempre vem depois disso. Amo seu nada, apenas porque o seu nada também é seu. 
Amo tanto, tanto, tanto, que te deixo em paz. Deixo você se virando sozinho, se dobrando sozinho. Virando e dobrando a sua esquininha. Afinal, por ela você também passou quando não me quis mais, quando não quis mais a minha mão pequena querendo ser embalsamada eternamente ao seu lado.




TEXTO LINDO DA TATI BERNARDI *.*