terça-feira, 7 de julho de 2009

Síndrome de Peter


Pode ter certeza que eu sempre me perguntei, todos os dias nesses meus 20 anos o porquê de as pessoas não sonharem que nem eu.

Eu sei que exagero,que eu tenho síndrome de Peter Pan, mas eu nunca me conformei com o ceticismo que acomete esse mundo, tanto que eu sempre achei que seria uma heroína, que salvaria um por um, que o mundo seria repleto de amor e paz. Doce engano o meu, né?

Depois de vários banhos de água fria, eu percebi que EU que achava que sabia de tudo, que tinha solução pra tudo, na verdade eu não sabia nada. Eu descobri da pior forma possível que heróis devem ficar nas histórias em quadrinhos e na TV. A vida real é bem mais dura.

Eu, que achei que estava em pé, que tinha levantado dos meus grandes tombos, me enganei. Foram sonhos colocados em um pedestal tão alto, que agora que a vida virou as costas pra todos, eles se dissiparam e eu fiquei fadada ao pó, jogada ao chão.

Eu receei em dizer, mas agora é impossível evitar. Eu finalmente entendo os céticos, entendo a falta de sonhos, auto-estima e amor. Quando a dor é grande e o destino não colabora, fica difícil acreditar nos velhos princípios, e ai eu enfraqueço e desisto desse conto-de-fadas sem final feliz.

Hoje, finalmente eu deixo Neverland à herança de Michael Jackson e o Peter Pan, bem preso nos livros. Só espero não contar essas historias aos meus filhos, não quero que eles se decepcionem e sofram como eu.


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